sábado, 26 de janeiro de 2008

Caiu Ícaro



















Cada face com voz própria nessa multidão interior pressente a proximidade da morte.
vieram a entender que o olhar que a todas vê, soube agora que tem de matá-las.
elas se contorcem sabendo que terão que sair do Egito. Que o deserto está próximo. Sentem isso no sangue.
E resistem no desejo que endurece o sono.
meus desejos já não são meus. São deles mesmos. prazer pelo prazer, decepção pela decepção.
É já uma questão de um ou outro. Ou "eu"- minha morte ou o todo, a eternamada vida.
Dolorosa valsa de Maya:
é uma massa de desejos, de um querer existir a todo custo, um desespero de existir que justamente me impede de saber o que é isso.
o que é existir? mal sei.
com certeza uma vida inteira de repetições não é viver. É a morte sorridente em seu noivado destruidor com o desejo inquisitivo que nunca se volta para o todo. Só para o "eu gosto" eu não-gosto", "quero", "não-quero" numa roda infernal de escolhas 8 ou 80.

pois pra mim não tem mais esse jogo

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